segunda-feira, 31 de março de 2008
sexta-feira, 28 de março de 2008
Planisfério Epidural
Quis escrever no vazio
para encher o vácuo
com algo que mais que o nada.
Sinto-me sem sentidos perante a imensidão
duma escravidão provocante,
e eis que me sento perante o deleite
dessa mesa fastidiosa.
As palavras saem feito murmúrios insignificantes
contra a parede das masmorras
que cresceram à nossa volta.
Há algo de verdadeiramente triste
no vigor duma lágrima rubra
que jamais tocou o solo árido
da tua terra.
São avelãs aveludadas
que jamais crescerão empertigadas
ao sabor do topázio dos açucares
que trazemos nos bolsos do olhar.
Espelhados no frondoso beiral do pomar,
havemos de sorrir e mastigar
a mendicidade da brisa que nos açoita.
Não sei o que significa este segundo
em que padeço de mim próprio.
Apenas sei que baloiço em consonância
quase perfeita com o bailar das folhas
e o serpentear dos aromas,
e nisto sei que sou daqui,
que pertenço ao tédio do remédio
que me consola a calma da alma.
E ao arder devagar,
neste brando costume
de ser não mais que sibilante lume,
é onde me vejo, inquietamente quieto,
de mãos suadas e peito em pó.
Como se o mundo mais não fosse
que meras cicatrizes
do que dizes.
para encher o vácuo
com algo que mais que o nada.
Sinto-me sem sentidos perante a imensidão
duma escravidão provocante,
e eis que me sento perante o deleite
dessa mesa fastidiosa.
As palavras saem feito murmúrios insignificantes
contra a parede das masmorras
que cresceram à nossa volta.
Há algo de verdadeiramente triste
no vigor duma lágrima rubra
que jamais tocou o solo árido
da tua terra.
São avelãs aveludadas
que jamais crescerão empertigadas
ao sabor do topázio dos açucares
que trazemos nos bolsos do olhar.
Espelhados no frondoso beiral do pomar,
havemos de sorrir e mastigar
a mendicidade da brisa que nos açoita.
Não sei o que significa este segundo
em que padeço de mim próprio.
Apenas sei que baloiço em consonância
quase perfeita com o bailar das folhas
e o serpentear dos aromas,
e nisto sei que sou daqui,
que pertenço ao tédio do remédio
que me consola a calma da alma.
E ao arder devagar,
neste brando costume
de ser não mais que sibilante lume,
é onde me vejo, inquietamente quieto,
de mãos suadas e peito em pó.
Como se o mundo mais não fosse
que meras cicatrizes
do que dizes.
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