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domingo, 8 de julho de 2007

Mensagem

"Soldados! Aquellas praias são as do malfadado Portugal. Ali vossos pais, maes, filhos, esposas, parentes e amigos suspirão pela vossa vinda, e confião nos vossos sentimentos, valor e generosidade. Vós vindes trazer a paz a uma nação inteira e a guerra somente a um governo hypócrita, dispotico e usurpador. A empreza é toda de glória, a causa justa e nobre, a victoria certa. Os vossos companheiros d'armas virão engrossar vossas fileiras e ambicionarão a houra de combater ao vosso lado. E se alguns ainda houver que, desacordados, pertendão continuar a defender o despotismo, lembrai-vos que tendes diante de vós aquelles mesmos illudidos portuguezes, que na villa da Praia fugirão da presença do vosso sangue frio e da vossa coragem. Vencedores de S. Miguel e de S. Jorge, de quem nem os combates da villa das Vellas, da Ursellina e da Calheta, nem a posição inexpugnavel da ladeira da Velha puderão conter o enthusiasmo e a valentia! Ali tendes a patria que vos chama. Ali achareis a recompensa de vossos serviços. O termo dos vossos soffrimentos. O complemento de vossa gloria. Soldados! Seja o vosso grito de guerra: viva a senhora D. Maria Segunda e a Carta Constitucional, seja o vosso timbre: protecção aos inermes, generosidade aos vencidos."


D. Pedro, Duque de Bragança, 8 de Julho de 1832

2 comentários:

IpsaEgo disse...

Quem sabe o que mais estaria lá escrito se a pedra fosse imensa materialmente?

um abraço senhor do Obelisco


Marta

Vaskio disse...

Muito teria ela para contar, digo eu. E provavelmente, muitas outras palavras mereceriam perpétua memória, mesmo que não de tão ilustre figura. ;)